Esta é uma das afirmações que referi no post anterior e que mais estranheza causa em muitas pessoas. O cliché que afirma "gostos não se discutem" é dos mais difundidos e costuma ser argumento para encerrar conversas de opções pessoais sobre um tema ou objecto. Costuma significar incompreensão por determinada escolha de outrem e às vezes também serve de defesa para adolescentes que gostam de usar as calças a cair do rabo, por exemplo.

Uma explicação fundamentada pode ser aprendida no livro que ilustra este texto (bem como em muitos outros), contudo vou atrever-me a deixar aqui alguns argumentos mais imediatos para um bom entendimento do que quero dizer.

A simples existência dos conceitos "bom gosto" e "mau gosto" serve só por si para ajuizar sobre determinado objecto, obra musical, pintura, peça de roupa, comportamento em sociedade, entre muitas outras coisas.

O gosto educa-se.

O gosto é influenciado por factores externos: o dinheiro, por exemplo, condiciona muitas das opções estéticas e materiais. Disponibilidade financeira costuma revelar essa educação, deixando as pessoas mais expostas à avaliação de terceiros - quer seja um coleccionador que compra um quadro de Rembrandt ou um jogador de futebol que espalha o seu monograma por toda a mobilia de casa.

Good taste and bad taste are concepts that give us the power to judge everyone's choices. Taste is something that can be teached and learned.