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14:35


Vivemos tempos interessantes onde a estética e a técnica se estão a misturar de forma diferente. Este é um exemplo perfeito desta tendência: para comemorar os 40 anos da BMW R90-S, a marca desenvolveu um protótipo em parceria com a oficina Roland Sands Design: a BMW Concept 90.

Até há pouco tempo as oficinas de personalização de veículos estavam claramente separadas das marcas, alterando e recriando modelos de fábrica sem qualquer interferência da casa mãe. Mas os tempos e as modas não param e novos caminhos vão sendo desbravados. As marcas já perceberam que uma aproximação mais emocional e personalizada aos seus clientes é uma forma de capitalizarem o estatuto e o mito que muitas delas detêm.

E foi isto que a marca alemã fez ao criar esta mota: quebrou barreiras que separavam os clientes ou coleccionadores clássicos dos clientes alternativos.

É algo novo e deve ser fomentado porque faz sentido numa época em que o cliente, cidadão comum, é quem mais ordena no mercado. As pessoas tomaram as opções de escolha nas suas mãos e já não se limitam a consumir o que as marcas apresentam.

Sempre existiram pessoas que alteravam os carros ou as motas que lhes chegavam às mãos, mas esse leque alargou-se muito nos últimos tempos e nunca como hoje o desejo de exclusividade esteve tão presente na sociedade. Ainda bem, porque não faz sentido separar ou manter barreiras entre pessoas com gostos ou interesses comuns.

Welcome to the BMW Concept 90, cafe racers and classic customers.
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12:52


A partir de uma peça podemos juntar outras e fazer um sofá do tamanho que desejarmos. Repensada em 2013, foi desenhada por Dieter Rams para a Vitsœ em 1962.

620 Chair Program Designed by Dieter Rams for Vitsœ in 1962.
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23:21


Este é o mais recente trabalho do projecto The Vein dos directores Fernando Domínguez, Teo Guillem e Carlos Pardo. Este estúdio de Barcelona tem no seu portfolio clientes como a Diesel, Canal+, MTV, Nokia, entre outros.

Este é um dos seus últimos trabalhos para o cliente Adobe.
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13:01

A Valentine em papel.
Alguns dos cartazes para divulgar a máquina de escrever Olivetti Valentine. O trabalho gráfico envolvido na sua comercialização também contribuiu para a criação do espírito e mais tarde do mito. Além da máquina, estes cartazes são hoje peças de valor para os coleccionadores.

Olivetti Valentine posters, a graphic contribution for the legend.

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00:21

Valente e imortal.

A máquina de escrever Olivetti Valentine foi desenhada por Ettore Sottsass em 1969 e é um dos objectos de design mais conhecidos. Faz parte de inúmeras colecções de museus de design por todo o mundo e é uma das referências estéticas da década de 1970.
A sua forma ultrapassou em muito a sua função na medida em que é hoje utilizada como símbolo e exemplo de conceitos tão vastos como fabrico em plástico, portabilidade, design italiano, inovação (a sua cor foi uma forma de romper com a monotonia do cinzento e preto das máquinas clássicas), criatividade, entre muitos outros. Além do encarnado, a cor mais comum, também foram produzidas em branco, azul e verde.
Consegui comprar a que está nas fotografias através de um contacto dado pelo Ivo, mais uma vez. Chegou-me em bom estado, mas suja e com algumas peças soltas. Depois da desmontagem, limpeza e aperto de alguns parafusos, foi necessário encontrar uma fita nova. Esta tarefa revelou-se difícil, uma vez que hoje restam poucos pontos de venda de consumíveis para máquinas de escrever.

Agora está a funcionar na perfeição e em breve irei colocar aqui uma imagem de uma página escrita por ela.

A Valentine não é, nem foi, um prodígio de engenharia ou mecânica, sendo nestes aspectos semelhante à maioria das máquinas manuais que existiam. Mas foi a lufada de ar fresco que Sottsass pretendeu, atingindo um estatuto de design star pouco depois do seu lançamento. Outro dos desejos do designer era que nunca fosse utilizada num escritório.

Há quem diga que nenhuma colecção de design pode ser levada a sério se não tiver uma Valentine.
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