Em 1966 a empresa alemã Zeiss criou uma lente para a NASA usar nos programas Apolo, responsáveis pela ida do homem à Lua. Estas lentes tinham como objectivo captar imagens do hemisfério escuro do satélite natural da Terra.

A característica técnica que faz deste equipamento uma lenda é a sua abertura focal: 0.7mm. Se tivermos em conta que a abertura comum de uma lente profissional para fotografias com pouca luz é de 1.4mm, podemos imaginar as capacidades de captação de imagem desta Zeiss.

Foram fabricadas 10 unidades, sendo 6 vendidas à NASA, 1 ficou na Zeiss como arquivo e as outras 3 foram adquiridas pelo cineasta Stanley Kubrick. Este usou-as para criar cenas impossíveis até então, como os planos do filme Barry Lindon captados apenas com a luz de velas.

Hoje é possível alugar um sistema de filmagem com estas lentes através do site Kubrick Collection. O preço não é divulgado, mas fala-se que é tão chocante como as suas especificações técnicas.

The Carl Zeiss Planar F/0.7 by the words of the Kubrick Collection:

Stanley Kubrick was famously precise about his equipment. His most famous and special items of equipment were the Carl Zeiss F0.7 lenses which were remounted for him by Ed DeGullio to fit a specially modified Mitchell BNC camera.


These lenses were hugely difficult to operate - requiiring a full 5 rotations to allow the camera to rack over from the viewing position to the filming position. These lenses have an exquisite shallow depth of field, as well as a soft bocka unseen in lenses since.